sábado, 31 de janeiro de 2009

Quinto Ato


Andei sumida. Estava fugindo um pouco. Não sei exatamente de que, nem do que ou bem o por quê. Mas estava indo... E só foi apenas o que fiz, sem questionar as pernas ou a simples vontade da fuga.

Estava também sem paciência para nada. As pessoas andam mascarando sentimento. E essas máscaras começaram a me irritar. Parecia que eu era a única que conseguia ver o outro lado da mesma fisionomia. E gritava por dentro: "PARE DE FINGIR!". Eu não aguentava aquela fachada e simplesmente ia embora. Porque as pessoas não aguentam as conseqüências de serem o que são? Uma hora essa máscara cai e as conseqüências são piores.

As pessoas às vezes me cansam. Às vezes eu me canso de mim mesma. Eu me escondo. Faço o inconsciente calar. E procuro não entender. Fazer-me de idiota. E ver como uma pessoa normal vive. Ver como é viver escondida de si. Sem magia. Sem música. Sem alma. Mas agora voltei a si ou talvez a mim. Voltei a ver o meu mundo. Aonde tudo é o que parece. Onde não há mascaras. Não há meias verdades. Só há Elisa. Seja isso bom ou ruim. Seja contraditório ou não. É o que há. E eu não quero mudar.

“E este velho mundo é um novo mundo
E um corajoso mundo
Pra mim”

Nina Simone - Feeling Good (Me Sentindo Bem)


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domingo, 25 de janeiro de 2009

Jogando o ócio no google

Está rolando no youtube um novo Tag Game, ou seja, você faz umas perguntas e repassa sempre indicando as pessoas para elas brincarem e elas indicam outra pessoa e por aí vai.
O mais novo e divertido é o Google Verb Meme, aonde tem 12 “perguntas” que você faz ao Google e ele te responde. Eu vou por as perguntas aqui em baixo e as respostas que apareceram pra mim. É bem simples e divertido.

Ps: tem que por as aspas na barra de pesquisa ex: "elisa precisa"

P: Escreva "[seu nome] precisa" na barra de pesquisa do Google.
ELISA, precisa ser feito um exame ginecológico. (Aí meu Deus, preciso? Divino Espírito Santo... Fiquei assustada!)

P: Escreva "[seu nome] se parece" na barra de pesquisa do Google.
Elisa se parece muchisisisisisimo a Angelica Maria! (Quem seres Angélica Maria? Tô com medo e esse "muchisisisisimo" foi tão "souemoenãosougay".)

P: Escreva "[seu nome] diz" na barra de pesquisa do Google.
Elisa diz,enfática:”me leve prá cama” (Sono me leve para a cama, estou com insônia, sacomé!)

P: Escreva "[seu nome] quer" na barra de pesquisa do Google.
Elisa quer pular de Pára Quedas. (Huia, agora foi tiro e queda, quer dizer, mais queda por que eu quero pular mesmo!)

P: Escreva "[seu nome] faz" na barra de pesquisa do Google.
Elisa faz tudo. (Esse google tá me tirando... Tudo o que cara pálida?)

P: Escreva "[seu nome] odeia" na barra de pesquisa do Google.
Elisa odeia fim de domingo. (Odeio o fim, o meio e o começo do domingo)

P: Escreva "[seu nome] pergunta" na barra de pesquisa do Google.
Elisa pergunta para todos: Alguém aqui está no Planeta (Sou de Marte e os homens de Vênus)

P: Escreva "[seu nome] gosta” na barra de pesquisa do Google.
Elisa gosta de estar no palco , gosta da resposta do público, gosta da cena. ("Faz parte do meu show, meu amor...")

P: Escreva "[seu nome] come" na barra de pesquisa do Google.
Elisa, come um ovo choco! (Como nada, eca! Nem como ovo, tô de dieta, alface, beterraba, tomatezinho...)

P: Escreva "[seu nome] veste" na barra de pesquisa do Google.
Elisa veste Cesca. (Visto o que? Vou voltar ao google e pesquisar... Pesquisei e adorei, a partir de hoje sou uma garota Cesca e joga no google para saber o que é. haha)

P: Escreva "[seu nome] foi preso por" na barra de pesquisa do Google.
Elisa foi presa junto com Aline. (Aline, quem es tu? Minha ficha é limpa viu? Me respeite Sr. Google!)

P: Escreva "[seu nome] ama" na barra de pesquisa do Google.
Elisa ama? (Ahhh o amor... Amo.)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Quarto Ato


Eu tenho mais de vinte anos
E tenho mais de vinte perguntas sem respostas.
Tenho mais de uma Elisa dentro de mim.
Transbordo-me em muitas;

Elisa - A sonhadora. Adora escrever em seu diário sobre o amor.
"Ah! O amor...". É assim o seu suspiro...

Elis - Talvez meio Elis Regina. Romântica e Voraz. Aquela em que o canto é doce e forte ao mesmo tempo. Em que há mistérios e delícias escondidas.

Lis - Perfumada e poderosa. Ainda sem muito diagnóstico, apenas sabe-se da sua existência dentro de mim.

Elisabeth - Assim mesmo, meio inglesa. Querendo ser rainha e autoritária. É assim quando resolvo em mim ser forte e dura. Mas há nela também a doçura, mas escondida, trancafiada. Mostra-se a poucos e raros.

Quase uma esquizofrenia múltipla se assim for possível.
Mas eis que sou várias em uma como já tinha dito.
Agora apenas dei-me os nomes de mim mesma.
E hoje sou apenas Elisa.
Escrevendo em diário sobre a saudade.
Aquela que sabemos que sempre existirá, pois o que foi ontem jamais voltará amanhã. E nem por isso deixar-me-ei afogar nesse sentimento.
É o tempo de senti-lo, degusta-lo como a um bom vinho, não mais amargo e sim adocicado.
Deixando-me sentir o amor e a saudade.
Embriagando-me para depois acordar com sede.
E essa sede só saberei no dia seguinte que gosto terá.
Então... Hoje, apenas toda a saudade que se faz sentir nesse peito mastigado de tantos outros amores.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Terceiro Ato



No estômago vazio
Deixava apenas o álcool adentrar.
Banhar-me em vertigem
Embriaguei-me para dormir sem sonhar.
Eu preciso dormir e não sonhar.
Sonhar cansa.
Pensar cansa.
Não quero mais nada, além de apagar.
Apagar.
E embebedar.
Desse amargo prazer.
Do meu amado querer.
Meu querer.
Assim sem engano.
Um vinho.
Tinto.
Amargo.
Nada de doce hoje por favor!
O doce atrapalha.
O doce alucina.
Lhe faz pensar que tudo está bem.
Vicia.
Cega.
O amargo não.
Ele é a verdade na lata.
Verdade sem mascaras.
Sem mentiras.
Nem meias verdades.
Hoje eu quero não sentir.
Só quero dormir.
Mais um gole, por favor.
Vou dormir sem nem sentir-me.
Flutuar...
Dormir sem sonhar
Apenas dormir sem sonhar.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Segundo Ato


Ano novo. Vida nova. Novas realizações. Novos amores.

No ano que passou. Eu amei. Eu sofri de amor. Chorei. Mudei de cabelo. Viajei. Voltei pra casa para fugir. Pensei em mim. Não pensei em quem me fez chorar. Não pensei em quem me fez sofrer. Encontrei um novo mundo dentro de mim. E encontrei um mundo ao meu redor. Um novo mundo. Aonde eu reino. Onde todos são meus seguidores. Aonde nem tudo faz sentido na primeira tentativa. Mas na segunda tentativa tudo começa a se encaixar. E na terceira vejo todo o sentido. E como diria Marisa Monte: “Já não me sinto só. Com o universo ao meu redor.”
Escrevi na areia tudo o que eu quero esquecer. Tudo que me fez sofrer. Tudo que me fez crescer. Que o Mar leve. Que apague de mim o suficiente. Deixe-me com uma pequena cicatriz. Uma tatuagem do passado. Para que eu lembre o que eu passei. E possa andar para frente.


Aprendendo com o passado. Mas sem precisar olhar para trás. Que o Mar leve de mim. Tudo que eu não mais preciso amar. Que abra espaço para novos amores. Porque sem amor. Não há Elisa. E sem Elisa. Não há vida. E o mundo não é tão divertido.