sábado, 31 de janeiro de 2009

Quinto Ato


Andei sumida. Estava fugindo um pouco. Não sei exatamente de que, nem do que ou bem o por quê. Mas estava indo... E só foi apenas o que fiz, sem questionar as pernas ou a simples vontade da fuga.

Estava também sem paciência para nada. As pessoas andam mascarando sentimento. E essas máscaras começaram a me irritar. Parecia que eu era a única que conseguia ver o outro lado da mesma fisionomia. E gritava por dentro: "PARE DE FINGIR!". Eu não aguentava aquela fachada e simplesmente ia embora. Porque as pessoas não aguentam as conseqüências de serem o que são? Uma hora essa máscara cai e as conseqüências são piores.

As pessoas às vezes me cansam. Às vezes eu me canso de mim mesma. Eu me escondo. Faço o inconsciente calar. E procuro não entender. Fazer-me de idiota. E ver como uma pessoa normal vive. Ver como é viver escondida de si. Sem magia. Sem música. Sem alma. Mas agora voltei a si ou talvez a mim. Voltei a ver o meu mundo. Aonde tudo é o que parece. Onde não há mascaras. Não há meias verdades. Só há Elisa. Seja isso bom ou ruim. Seja contraditório ou não. É o que há. E eu não quero mudar.

“E este velho mundo é um novo mundo
E um corajoso mundo
Pra mim”

Nina Simone - Feeling Good (Me Sentindo Bem)


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