segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Terceiro Ato



No estômago vazio
Deixava apenas o álcool adentrar.
Banhar-me em vertigem
Embriaguei-me para dormir sem sonhar.
Eu preciso dormir e não sonhar.
Sonhar cansa.
Pensar cansa.
Não quero mais nada, além de apagar.
Apagar.
E embebedar.
Desse amargo prazer.
Do meu amado querer.
Meu querer.
Assim sem engano.
Um vinho.
Tinto.
Amargo.
Nada de doce hoje por favor!
O doce atrapalha.
O doce alucina.
Lhe faz pensar que tudo está bem.
Vicia.
Cega.
O amargo não.
Ele é a verdade na lata.
Verdade sem mascaras.
Sem mentiras.
Nem meias verdades.
Hoje eu quero não sentir.
Só quero dormir.
Mais um gole, por favor.
Vou dormir sem nem sentir-me.
Flutuar...
Dormir sem sonhar
Apenas dormir sem sonhar.

Um comentário:

Egi Santana disse...

Gostei da idéia, virei outras vezes acompanhar vossos devaneios.
=]